sexta-feira, 18 de julho de 2014

PSICOTERAPIA COGNITIVA


A Terapia Cognitiva

Diferente dos modelos antigos de psicoterapia, baseados em interpretações e na busca das causas da angustia do paciente, a psicoterapia cognitiva se concentra principalmente na solução dos mesmos, no aqui e agora, utilizando técnicas para um breve alívio dos sintomas e facilitando o desenvolvimento de recursos, no indivíduo, para torna-lo capaz de encontrar formas de lidar com os desafios do cotidiano. 
Desenvolvida inicialmente para o tratamento da depressão, revelou-se excelente também no tratamento de outros problemas, como a Síndrome do Pânico, transtornos de Ansiedade, de um modo geral, transtornos alimentares, compulsões, fobia social e outras fobias, dependência química, alcoolismo e, é claro, os problemas de relacionamento - que originam todos os outros.
Na terapia cognitiva, o paciente participa ativamente do processo terapêutico, onde se promove o auto- conhecimento, a elevação da auto-estima e a capacidade de fazer escolhas conscientes, trabalhando valores e crenças que, muitas vezes, nos são impostos pela família, igreja, sociedade, etc., durante a infância e que vamos arrastando pela vida toda sem serem realmente avaliados por nós, como indivíduos adultos. Cada pessoa percebe o mundo de acordo com esses valores e são os pensamentos derivados deles que determinam como ela vê a si própria, como se relaciona com os outros e como se projeta no futuro (suas expectativas).
Conhecendo esse processo e trabalhando com o terapeuta numa relação de parceria e igualdade, ela pode estabelecer suas metas e caminhar em direção a elas, à medida que reavalia suas crenças e faz escolhas coerentes com seus objetivos.
Uma das características da terapia cognitiva é que seu tempo de duração é geralmente curto (dependendo do caso), o que é ideal, num momento em que se tem pouco tempo e em que, muitas vezes, é impossível arcar com um tratamento longo. Além disto, como se concentra no presente e se utiliza de técnicas de enfrentamento, logo a ansiedade baixa, permitindo que o paciente se sinta mais aliviado e satisfeito consigo mesmo em pouco tempo.
Muitas vezes não se procura ajuda terapêutica, achando que o problema está em outras pessoas. Porém é importante percebermos que ainda que "o outro" não mude, nós podemos e devemos mudar a forma de lidar com ele, de modo a proporcionarmos a nós mesmos mais qualidade de vida, sem carregar culpas e responsabilidades que outros nos atribuem mas que, na verdade, não nos cabem.
Na Terapia Cognitiva aprendemos a identificar o que somos nós que queremos, por que queremos, no que acreditamos, e aonde queremos chegar. Aprendemos a nos situar dentro do mundo das relações e a ser aquilo que queremos ser.



Helenita Scherma

quarta-feira, 16 de julho de 2014


Fobias

As fobias são caracterizadas por crises de ansiedade exagerada, frente a situações que o próprio indivíduo percebe - racionalmente - que não se justificam. Essas situações se tornam o objeto fóbico, isto é, aquilo que desencadeia as crises. São situações que o indivíduo procura evitar e que, se tiver que enfrentar, o faz com muito sofrimento.
Existe uma infinidade de tipos de fobias. As mais conhecidas são fobias (medo) por altura, lugares fechados, avião, elevadores, sangue, etc., mas existem também fobias a objetos ou animais que muitas pessoas encaram como absurdas como o medo exagerado de gatos, de pessoas estranhas, escuro, etc., mas que provocam as mesmas reações de fuga e desespero.
Essas, acima relacionadas, tratam-se de fobias específicas, porém há, também, a fobia social, cuja ansiedade aumenta quando a pessoa se sente o foco das atenções, quando se sente observada ou avaliada em determinadas situações. Pode ocorrer em vários graus, desde falar em público, entrar em lugares com muitas pessoas (festas, discotecas), receber pessoas,telefonar, até o simples fato de assinar um cheque na frente de outra pessoa.
Todas elas desencadeiam sintomas incontroláveis de forte ansiedade, como suor nas mãos ou no corpo, tremor intenso, aceleração dos batimentos cardíacos, respiração ofegante, falta de tônus postural e vertigens, entre outros, além da sensação inexplicável de estar vulnerável a um perigo ou ameaça, mesmo sabendo que esse perigo não existe.
A ansiedade é causada por uma ativação de nossos mecanismos de reação e defesa frente a perigos reais; portanto, é necessária para nos proteger e alertar. Entretanto, nas fobias, essa ansiedade é desencadeada em momentos errados e frente a estímulos que não a justificam, excedendo a normalidade - e, ao invés de impulsionar o indivíduo à ação, acaba "paralisando-o" pelo medo.Isto, obviamente, traz prejuízos na área social, pessoal e profissional, pois impede a pessoa de realizar muitas coisas que podem ser necessárias para o seu crescimento,inclusive em sua área de trabalho.
Na terapia cognitiva, trabalha-se no sentido de identificar e avaliar os pensamentos e emoções que se tem nas crises de ansiedade fóbica, respeitando e considerando que, ainda que não seja normal, o medo sentido pelo paciente é real e deve ser compreendido e acolhido, para que se dêem condições para o mesmo aceita-lo e conseguir enfrenta-lo, até se libertar de sua fobia. Para isto, utiliza-se técnicas com o objetivo de tranqüilizar e preparar o paciente para lidar com suas crises e com o enfrentamento dos estímulos fóbicos, respeitando o seu ritmo individual, até que ele aprenda a utilizar seus recursos naturais.
As fobias, quando não tratadas, trazem também a ansiedade antecipatória, que faz com que a pessoa evite qualquer situação onde haja qualquer possibilidade de se deparar com o estímulo fóbico, restringindo por tanto, cada vez mais, as possibilidades não só de se desenvolver, mas também de se divertir, se relacionar e ampliar seu convívio social. Por este motivo, deve procurar ajuda terapêutica a fim de alcançar, antes de tudo, qualidade de vida.

Helenita Scherma

Depressão: Uma visão psicocognitiva
A Depressão, mal que acomete não só adultos, mas também os jovens; é freqüentemente confundida com "fossa", mágoa, ou tristeza, em conseqüência de algum acontecimento desagradável.
Na verdade, a depressão existe em vários graus e nem sempre seus sintomas são tristeza e isolamento. Muitas vezes ela é manifestada na forma de irritabilidade, raiva, cansaço (muitas vezes, interpretado como preguiça), sono demais ou insônia, desânimo para tudo (até para atividades de lazer) e também por doenças físicas que a somatizam. O desinteresse por sexo e até a indiferença afetiva pela própria família são também causados pela depressão. Alguns casos requerem o uso de medicamento paralelo à psicoterapia e até internação, particularmente quando o suicídio pode ser considerado.
Para a abordagem psicocognitiva, porém, outros casos são produtos de crenças arraigadas, de esquemas de valores que se formaram há muito tempo e que geram pensamentos disfuncionais de pessimismo e desesperança.A maneira como cada indivíduo percebe a si próprio, os outros, as situações e o futuro varia de um para o outro. No deprimido o futuro (próximo ou distante) lhe traz pensamentos desanimadores de falta de perspectivas que, somados aos sentimentos de autodesvalorização, alimentam o comportamento inadequado de se entregar a apatia, ao isolamento e ao desinteresse pela vida.
A depressão também é caracterizada por períodos em que ela se manifesta, seguidas de períodos em que tudo parece estar bem, e que podem variar de semanas a meses de duração. Por esta razão, muitas vezes passa despercebida, parecendo estar relacionada a algum fator externo e não ao próprio indivíduo.
Na terapia cognitiva o paciente aprende técnicas que o tornam capaz de trabalhar com o psicólogo, no sentido de desafiar pensamentos rígidos e avaliativos (entre outros disfuncionais) que o paciente emite constantemente, sem se dar conta deles, substituindo-os por atitudes positivas, avaliadas conscientemente por ele mesmo.
Deste modo, ao final da terapia, ele deverá estar apto a fazer isto sozinho, prevenindo e evitando a depressão através do controle do seu próprio pensamento.
Helenita Scherma

sábado, 12 de julho de 2014

TERCEIRA IDADE


                Depressão na Terceira Idade

O que leva uma pessoa, que conseguiu atravessar a vida de uma forma funcional, em seus numerosos anos, com suas adversidades, frustrações inevitáveis, imprevistos, projetos, decepções - enfim, tudo o que faz parte dela - de repente, apresentar uma indiferença profunda por esta mesma vida, um abandono de si mesmo que não parece se justificar?
Por que algumas pessoas se tornam tão carentes e até dependentes, por volta da chamada terceira idade (ou mais), depois de terem dedicado a vida a causas diversas, como a formação de filhos, carreira, conquistas materiais, etc.?
Justamente quando (finalmente) podem dedicar-se a si mesmas, às atividades a que antes não podiam dispender tempo, essas pessoas desistem? Por que, quando tudo parece concluído, toda a glória da luta parece não ter mais valor? O que lhes falta é um "para que" viver. A falta de um sentido está sempre relacionada ao sentimento de inutilidade, ao vazio existencial: missão cumprida, só resta esperar pela morte...
Será a falta de atividades consideradas necessárias o motivo desses sentimentos?Nesse caso, por que isso não ocorre com todas as pessoas que se encontram em situações semelhantes?
É que não existe um sentido abstrato, que valha para todos: cada pessoa é única e não pode ser substituída; tem sua própria percepção do mundo e dos acontecimentos, e, portanto, só ela pode encontrar o seu sentido específico de vida, em seu momento específico, dentro de si.
Terapia Cognitiva mostra como encontrar esse sentido, analisando os valores pessoais, as crenças particulares e ajudando o paciente a desafiar seus pensamentos de auto desvalorização. Que importância tem estar "envelhecendo"? Tudo o que está no passado não está perdido, como se pensa. Pelo contrário, está guardado para sempre.
Não são mais expectativas, e sim realizações: os fatos, as conquistas, e até os sofrimentos suportados! Como diz Victor Frankl, ter sido é a mais segura forma de ser. Por que, então, não continuar sendo?

Helenita Scherma

quinta-feira, 10 de julho de 2014

A FAMÍLIA


  A Importância do Familiar na Psicoterapia


Não raras vezes é o familiar mais próximo quem chega extremamente ansioso para marcar uma entrevista para o cônjuge, o filho ou um dos pais. Nesse momento se propõe a deixar o serviço mais cedo, a aceitar as condições de atendimento, proposto para que a psicoterapia possa surtir o efeito desejado, e se coloca `a disposição para ajudar aquele que ele tanto ama.E então, o paciente propriamente dito vem à sessão.
E a terapia se inicia. Após alguns encontros, ele começa a aprender a lidar com suas emoções, a expressar seus desejos, a exercer seu direito à individualidade, enfim, a "funcionar" mais adequadamente e então as crises profundas que o fizeram chegar ao consultório vão se amenizando e dando lugar a um comportamento diferente: mais autêntico, mais independente, mais refletido, mais coerente com suas próprias verdades; ele começa a desabrochar em sua individualidade, a desbloquear a energia antes geradora dos sintomas que o estavam afligindo.
É aí que, muitas vezes, toda aquela solidariedade do familiar simplesmente desaparece e ele passa a conspirar para que o paciente abdique do seu direito de ser ele mesmo, interferindo no andamento do tratamento: dificultando-lhe a saída no horário das sessões, criando obstáculos financeiros, tentando desvalorizar o trabalho do terapeuta e - o pior - fazendo com que o paciente se sinta culpado por todo esse transtorno. Isto, algumas vezes (felizmente, só algumas), acarreta na interrupção do tratamento e conseqüentemente na recaída dos sintomas, uma vez que não houve tempo suficiente para que as metas da terapia fossem atingidas.
Então, a pergunta é: isto é feito de maneira consciente pelo familiar? Ou será uma defesa inconsciente contra a mudança de comportamento, dentro de um esquema em que tudo ia bem para os outros membros? É difícil dizer até que ponto as pessoas têm consciência do seu próprio papel em relação ao "outro". Mas o que é preciso ficar claro é que o paciente propriamente dito - ou seja, o que vem as sessões - é apenas o depositário de problemas que não são só seus, mas de um contexto familiar.E que, se a família tem interesse no seu bem estar tem que estar consciente também de sua própria responsabilidade no problema.
Colaborar não significa apenas "empurrá-lo" para a psicoterapia e "puxá-lo" de volta quando julgar que suas mudanças no comportamento deixam de ser convenientes dentro de um esquema pré-estabelecido. Colaborar é aceitar e participar das mudanças que se fazem em conseqüência do desenvolvimento do paciente, do seu despertar.
Mudanças estas que às vezes incomodam os outros, mas que devem ser trabalhadas por todos, uma vez que são necessárias à recuperação do equilíbrio interno do paciente, sem o qual não se faz um relacionamento adequado com o mundo externo, social e familiar.
Helenita Scherma


quarta-feira, 9 de julho de 2014



                           Rompendo Limites

Uma das mais limitantes atitudes do ser humano é a ambição de possuir. E pior do que possuir coisas é a pretensão de possuir seres humanos (seus espelhos). O homem se julga dono de sua família, dos sentimentos das pessoas, das idéias, das atitudes. Por exemplo, o marido (dentro desse controle mental) possui a mulher e vice-versa.Ambos possuem os filhos e por conseqüência, os filhos exercem a posse sobre os pais.
Forma-se uma rede onde o jogo da disputa do domínio e do poder traz a limitação do próprio ser, que só se movimenta dentro dos parâmetros permitidos direta ou indiretamente.
Qualquer tentativa de romper essa teia traz o risco do vazio, do abandono, da discriminação e do medo - pois o homem social é manipulado pela dependência de valores externos: ele ainda não aprendeu a conscientização, a base da liberdade do homem espiritual - e, portanto, ilimitado.
Isto faz com que a Vida, dom divino e precioso, concedida para ser usada com o intuito de ser feliz, torne-se uma caminhada dura e forçosa, com caminhos definidos por obrigações e responsabilidades que nem sempre são inerentes à natureza humana e sim ao ser social, ou seja, artificial, manipulado.
Dizer não às correntes aparentemente imutáveis significa se lançar numa aventura onde muitas vezes há que se caminhar sozinho e assumir perdas de afeto e segurança que podem doer, ferir, assustar e muitas vezes causar "danos" irreversíveis. Entretanto, é a única forma de saltar do trampolim da condenação e mergulhar em si próprio, na própria essência, onde tudo é original e, portanto, puro, imaculado. Onde até mesmo a dor é sentida de uma maneira diferente, nobre, sem culpa, como só quem já fez isso sabe.
Passar pela vida é fácil, e com um pouco de jogo de cintura se vai por ela, fazendo crer a si próprio que é assim mesmo - sem refletir. Mas viver a vida é uma responsabilidade que se tem que enfrentar sozinho, assim como morrer. Quem não aprendeu a viver, não saberá morrer, tampouco.
Porque a vida é um mistério único para cada um e cabe a cada um desvendar o seu. Não há deus que traga a felicidade, se não se for busca-la pessoalmente, desafiando opiniões e rompendo racionalmente com o estabelecido que já não funciona; trilhando a verdade que leva para dentro de si. Segurança, posição, conforto e respeitabilidade são apenas conceitos, e variam de sociedade para sociedade.Mas a integridade individual - a coerência com o próprio eu - é essencial e única e um compromisso que o "outro" não pode assumir. Somos maiores quando nos permitimos crescer e desenvolver nossa individualidade - a única verdade divina, imutável e absoluta, independente do julgamento e da moralidade artificial.
Só quem tem a coragem de abrir portas, descobre atrás delas os recursos que sempre ali estiveram guardados para enfrentar mudanças. "Pensamos, talvez, que haja um caminho seguro. Ora, esse seria o caminho dos mortos. Então nada mais acontece e em caso algum acontece o que é exato. Quem segue o caminho seguro está tão bem como quem está morto...", diz Jung. 
Helenita Scherma




segunda-feira, 7 de julho de 2014

ESSÊNCIAS

As 38 Essências

A essências florais de Bach são divididas em grupos, sob os seguintes títulos:
  • Para o medo
  • Para a indecisão
  • Para a falta de interesse pelas circunstâncias atuais
  • Para a solidão
  • Para a sensibilidade excessiva a influências e opiniões
  • Para o desespêro e o desalento
  • Para a excessiva preocupação com o bem estar dos outros
Rescue Remedy - composto de cinco essências: Rock Rose, Clematis, Star of Bethlehem, Impatiens e Cherry Plum.

As trinta e oito essências que se seguem são usadas combinadas entre si, em grupos de no máximo seis, com o objetivo de trabalhar aspectos específicos dos estados emocionais em uma situação específica e para aquela pessoa, especificamente. Portanto,para se obter um resultado satisfatório é preciso ter conhecimento dos aspectos da personalidade da pessoa em questão, da situação em que se encontra naquele momento e, é claro, das dificuldades que apresenta em sua queixa. Portanto, para cada pessoa há uma combinação especial das essencias, que pode ser modificada ao longo do processo da terapia floral, conforme a necessidade apresentada em cada momento da mesma

.Helenita Scherma
                                

  • AGRIMONY
  • ASPEN
  • BEECH
  • CENTAURY
  • CERATO
  • CHERRY PLUM
  • CHESTNUT BUD
  • CHICORY
  • CLEMATIS
  • CRAB APPLE
  • ELM
  • GENTIAN
  • GORSE
  • HEATHER
  • HOLLY
  • HONEYSUCKLE
  • HORNBEAN
  • IMPATIENS
  • LARCH
  • MIMULUS
  • MUSTARD
  • OAK
  • OLIVE
  • PINE
  • RED CHESTNUT
  • ROCK ROSE
  • ROCK WATER
  • SCLERANTHUS
  • STAR OF BETHLEHEM
  • SWEET CHESTNUT
  • VERVAIN
  • VINE
  • WALNUT
  • WATER VIOLET
  • WHITE CHESTNUT
  • WILD OAT
  • WILD ROSE
  • WILLOW
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