A Terapia Cognitiva | |
Diferente dos modelos antigos de psicoterapia, baseados em interpretações e na busca das causas da angustia do paciente, a psicoterapia cognitiva se concentra principalmente na solução dos mesmos, no aqui e agora, utilizando técnicas para um breve alívio dos sintomas e facilitando o desenvolvimento de recursos, no indivíduo, para torna-lo capaz de encontrar formas de lidar com os desafios do cotidiano.
Desenvolvida inicialmente para o tratamento da depressão, revelou-se excelente também no tratamento de outros problemas, como a Síndrome do Pânico, transtornos de Ansiedade, de um modo geral, transtornos alimentares, compulsões, fobia social e outras fobias, dependência química, alcoolismo e, é claro, os problemas de relacionamento - que originam todos os outros.
Na terapia cognitiva, o paciente participa ativamente do processo terapêutico, onde se promove o auto- conhecimento, a elevação da auto-estima e a capacidade de fazer escolhas conscientes, trabalhando valores e crenças que, muitas vezes, nos são impostos pela família, igreja, sociedade, etc., durante a infância e que vamos arrastando pela vida toda sem serem realmente avaliados por nós, como indivíduos adultos. Cada pessoa percebe o mundo de acordo com esses valores e são os pensamentos derivados deles que determinam como ela vê a si própria, como se relaciona com os outros e como se projeta no futuro (suas expectativas).
Conhecendo esse processo e trabalhando com o terapeuta numa relação de parceria e igualdade, ela pode estabelecer suas metas e caminhar em direção a elas, à medida que reavalia suas crenças e faz escolhas coerentes com seus objetivos.
Uma das características da terapia cognitiva é que seu tempo de duração é geralmente curto (dependendo do caso), o que é ideal, num momento em que se tem pouco tempo e em que, muitas vezes, é impossível arcar com um tratamento longo. Além disto, como se concentra no presente e se utiliza de técnicas de enfrentamento, logo a ansiedade baixa, permitindo que o paciente se sinta mais aliviado e satisfeito consigo mesmo em pouco tempo.Muitas vezes não se procura ajuda terapêutica, achando que o problema está em outras pessoas. Porém é importante percebermos que ainda que "o outro" não mude, nós podemos e devemos mudar a forma de lidar com ele, de modo a proporcionarmos a nós mesmos mais qualidade de vida, sem carregar culpas e responsabilidades que outros nos atribuem mas que, na verdade, não nos cabem. Na Terapia Cognitiva aprendemos a identificar o que somos nós que queremos, por que queremos, no que acreditamos, e aonde queremos chegar. Aprendemos a nos situar dentro do mundo das relações e a ser aquilo que queremos ser.
Helenita Scherma
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sexta-feira, 18 de julho de 2014
PSICOTERAPIA COGNITIVA
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