quarta-feira, 16 de julho de 2014

Depressão: Uma visão psicocognitiva
A Depressão, mal que acomete não só adultos, mas também os jovens; é freqüentemente confundida com "fossa", mágoa, ou tristeza, em conseqüência de algum acontecimento desagradável.
Na verdade, a depressão existe em vários graus e nem sempre seus sintomas são tristeza e isolamento. Muitas vezes ela é manifestada na forma de irritabilidade, raiva, cansaço (muitas vezes, interpretado como preguiça), sono demais ou insônia, desânimo para tudo (até para atividades de lazer) e também por doenças físicas que a somatizam. O desinteresse por sexo e até a indiferença afetiva pela própria família são também causados pela depressão. Alguns casos requerem o uso de medicamento paralelo à psicoterapia e até internação, particularmente quando o suicídio pode ser considerado.
Para a abordagem psicocognitiva, porém, outros casos são produtos de crenças arraigadas, de esquemas de valores que se formaram há muito tempo e que geram pensamentos disfuncionais de pessimismo e desesperança.A maneira como cada indivíduo percebe a si próprio, os outros, as situações e o futuro varia de um para o outro. No deprimido o futuro (próximo ou distante) lhe traz pensamentos desanimadores de falta de perspectivas que, somados aos sentimentos de autodesvalorização, alimentam o comportamento inadequado de se entregar a apatia, ao isolamento e ao desinteresse pela vida.
A depressão também é caracterizada por períodos em que ela se manifesta, seguidas de períodos em que tudo parece estar bem, e que podem variar de semanas a meses de duração. Por esta razão, muitas vezes passa despercebida, parecendo estar relacionada a algum fator externo e não ao próprio indivíduo.
Na terapia cognitiva o paciente aprende técnicas que o tornam capaz de trabalhar com o psicólogo, no sentido de desafiar pensamentos rígidos e avaliativos (entre outros disfuncionais) que o paciente emite constantemente, sem se dar conta deles, substituindo-os por atitudes positivas, avaliadas conscientemente por ele mesmo.
Deste modo, ao final da terapia, ele deverá estar apto a fazer isto sozinho, prevenindo e evitando a depressão através do controle do seu próprio pensamento.
Helenita Scherma

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